A igreja hoje está sofrendo uma crise de comunhão. Simplesmente não está experimentando nem demonstrando esta "comunhão do Espírito Santo" (2 Coríntios 13:14) que marcou a igreja do Novo Testamento. Num mundo de grandes instituições impessoais, a igreja muitas vezes parece ser apenas mais uma grande instituição impessoal. A igreja está altamente organizada justamente numa época quando seus membros estão querendo menos organização e mais comunidade. É raro hoje em dia achar dentro da igreja institucionalizada aquela intimidade atraente entre as pessoas onde as máscaras são tiradas, a honestidade prevalece e se sente um nível de comunicação e comunidade além do humano_ onde há literalmente a comunhão do e no Espírito Santo.
A considerável popularidade do livro "O sabor do vinho novo" de Keith Miller foi grandemente atribuída, eu creio, ao fato dele ter colocado o dedo exatamente nesta necessidade da igreja. Ele tocou um acorde que achou ressonância em milhares de cristãos sinceros quando observou: "Nossas igrejas estão cheias de pessoas que exteriormente parecem satisfeitas e em paz, mas interiormente estão clamando por alguém que as ame... exatamente como estão_ confusas, frustradas, muitas vezes amedrontadas, culpadas e incapazes de se comunicarem com a própria família (esta parece eu). Mas as "outras" pessoas na igreja parecem estar tão felizes e satisfeitas que raramente alguém tem coragem de admitir suas próprias necessidades interiores diante de um grupo tão auto-suficiente como a reunião da igreja geralmente aparenta ser".
Esta duplicidade não intencional é um resultado quase inevitável dos atuais padrões institucionais da organização da igreja. É uma descrição da igreja sem comunhão.
Comunhão é, evidentemente, somente um aspecto da natureza da igreja. A igreja do Novo Testamento vivia pelo testemunho, serviço e comunhão. Todas estas três coisas são essênciais para a igreja ser perseverante. A igreja deve pregar e ensinar, e deve servir, seguindo o exemplo de Cristo.
Mas comunhão é essencial tanto para uma proclamação efetiva como para um serviço relevante. Comunhão é a permanência da igreja na videira, para que possa produzir muito fruto. É o corpo se tornando "bem ajustado e consolidado", edificando-se a si mesmo em amor para que os dons individuais do Espírito possam se manifestar no mundo "(Efésios 4:16). Muitas vezes tanto a pregação como o serviço da igreja tem sofrido simplesmente por falta da verdadeira comunhão.
Extraído do livreto "A comunhão do Espírito Santo"
por Howard A. Snyder
Archive for fevereiro 2008
Uma crise de comunhão
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